Água de Giro (Barbante)
(2018, Independente)
Muito
agradável esta estreia dos Barbante, quarteto rock português
sediado em Lisboa, mas com origens madeirenses. Água de Giro é
o título desta coleção de 13 temas (onde se inclui uma curta intro e
um curto interlúdio) sempre em português. Este é um álbum com muita diversidade
o que o leva a orientar-se para diferentes quadrantes do rock nacional
– de Delfins a UHF, passando por Jorge
Palma, Alcoolémia e Ornatos Violeta. Para além
disso, Água de Giro apresenta fortes dinâmicas criadas por um
baixo com muita vivacidade e uma bateria precisa e de grande dinamismo – tanto
tem de tribal em Montanhas, como se serve num registo de marcha
em Demência, por exemplo. Água de Giro é feito
de rock, mas não esquece de incluir outros aromas – o popular
em Montanhas, o punk cru e áspero em Patamar,
o fado em Labirinto, o country em Adeus,
o hard rock pesadão em Imundo e a declamação de um
poema em Cais de Embarque. A evidência da tal diversidade que
anteriormente se falava. E a evidência das dinâmicas e diferenciadas
envolvências de um disco arrojado e intenso.
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